Patologias

Doença de Parkinson (DP)

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Doença de Parkinson (em homenagem ao médico neurologista francês James Parkinson, que descreveu pela primeira vez). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos.

Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, acredita-se que o número pode dobrar até 2040. Se trata de uma doença neurodegenerativa que se dá devido um déficit progressivo na produção de dopamina na região da substância negra, nos núcleos da base, afetando gravemente a mobilidade e a coordenação muscular do paciente. Se manifesta através de bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural (tendo que ser no mínimo dois para diagnóstico).

A doença ainda não tem cura, mas é tratável com medicações que repõem parcialmente a dopamina, substância que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas, melhorando os sintomas.

Um estudo da USP de Ribeirão Preto, publicado no “Journal of Psychopharmacology”, da Associação Britânica de Psicofarmacologia, avaliou um grupo de 21 voluntários com diagnóstico pregresso confirmado de Parkinson divididos em três grupos: o primeiro recebeu placebo, o segundo 75mg de Canabidiol (CBD) e o terceiro 300mg de Canabidiol (CBD), ao fim do estudo observaram que os grupos usaram o CBD, todos os pacientes e seus familiares relataram melhoria de vários sintomas (motores e não motores), em diferentes escalas, e foi observado ainda, que o grupo que recebeu 300 mg de CBD por dia apresentou resultados ainda mais positivos que o grupo que recebeu apenas 75mg e no grupo que usou placebo, não foi relatada melhoria dos sintomas, podendo concluir que o canabidiol (CBD) é eficaz para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral de pacientes com a doença de Parkinson.

Durante o estudo também foram notadas vantagens com o uso de Canabidiol (CBD) quando comparado com as medicações tradicionais como ausência de efeitos colaterais, como alucinações, náuseas, delírios, complicações motoras e alterações de humor como depressão e ansiedade.